Tratamento da cetoacidose diabética com fluídos isotônicos...

Um estudo americano avaliou as atuais taxas de complicações da cetoacidose diabética (CAD), em um grande hospital pediátrico terciário com um protocolo de tratamento pré-estabelecido. 

Foi relatada a experiência retrospectiva de um único centro, com 3.712 admissões com CAD entre 1999-2011. O protocolo DKA possui um sistema de "3-bag" com duas bolsas de fluidos de rehidratação, idênticas, exceto pela presença de dextrose a 10% em uma bolsa, para permitir o ajuste rápido da taxa de infusão de glicose. A terceira bolsa continha insulina. 

Fluidos foram administrados a uma taxa total de 2-2,5 vezes a necessidade basal. A concentração total de eletrólito foi mantida aproximadamente isotônica. As bases de dados de registros médicos foram examinadas para casos de cetoacidose diabética, edema cerebral, outras morbidades e morte. Foram apurados 20 casos de edema cerebral (0,5%). A maioria apresentou edema precoce (duração média do tratamento 2 horas). Apenas 10 das 20 tomografias computadorizadas foram classificados como edema moderado ou grave. Apenas 10 pacientes receberam tratamento diferente do protocolo de rotina. Houve uma morte de um paciente com traço falciforme, que desenvolveu falcização intravascular. Dois pacientes apresentaram seqüelas neurológicas no momento da alta hospitalar, mas ambos se recuperaram totalmente. 

Em comparação com os dados de consensos recentes, o protocolo de Dallas está associado a taxas extremamente baixas de morte e invalidez (0,08% vs 0,3%).


Até mais.

Fonte: The Journal of Pediatrics; Volume 163, Issue 3 , Pages 761-766, September 2013

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