Metformina e Síndrome dos Ovários Policísticos...



Uso prematuro de METFORMINA em meninas (08 aos 12 anos) com pubarca precoce pode retardar ou prevenir síndrome dos ovários policísticos.


Meninas com história combinada de baixo peso ao nascer (BPN) e pubarca precoce (PP) têm alto risco de desenvolver a síndrome dos ovários policísticos (SOP). O objetivo do estudo espanhol, publicado no The Journal of Clinical Endocrinology & Metabolism, foi comparar o uso precoce ou tardio da metformina na prevenção ou postergação da síndrome dos ovários policísticos (SOP) em adolescentes predispostas.
O estudo randomizado foi realizado em um hospital universitário na Espanha e contou com a participação de trinta e oito meninas com BPN-PP que foram acompanhadas a partir da idade média de 8 anos até 15 anos de idade.
A metformina precoce foi iniciada nas idades entre 8-12 anos versus metformina tardia nas idades entre 13-14 anos. As principais medidas de resultado consideradas foram altura, peso, escore de hirsutismo, ciclo menstrual, triagem endócrino-metabólica (em jejum e na fase folicular), proteína C-reativa, composição corporal, distribuição de gordura abdominal (ressonância magnética), morfologia ovariana (ultrasom) e SOP (definições propostas pelo National Institutes of Health e pela Androgen Excess Society).

Nenhuma das meninas abandonou o estudo. Na idade de 15 anos, aquelas que usaram a metformina precocemente estavam cerca de 4cm mais altas, apresentavam-se em um estado menos pró-inflamatório e tinham menos gordura abdominal, devido a reduções nas gorduras visceral e hepática. Hirsutismo, excesso de andrógenos, oligomenorreia e SOP eram de 2 a 8 vezes mais prevalentes nas que iniciaram a metformina tardiamente, quando comparadas às que iniciaram o uso em idade mais prematura.
Concluiu-se que em meninas com BPN-PP, o início precoce da metformina foi associado à prevenção e à postergação do desenvolvimento de hirsutismo, excesso de andrógenos, oligomenorreia e SOP em relação ao início tardio do uso desta medicação. No entanto, os cientistas alertam que uma das limitações do estudo é a pequena amostra de pacientes envolvida.


Até mais.


Fonte: JCEM Junho/11.

Comentários