A US Food and Drug Administration (FDA) propôs revogar a alegação de que a proteína da soja reduz o risco de doença cardíaca[1].
"Pela primeira vez, consideramos necessário propor uma regra para revogar uma alegação de saúde porque numerosos estudos publicados desde que ela foi autorizada, em 1999, apresentaram descobertas inconsistentes sobre a relação entre proteína de soja e doenças cardíacas", disse a Dra. Susan Mayne, diretora do Centro de Segurança Alimentar e Nutrição Aplicada da FDA, em um comunicado[2].
"Enquanto algumas evidências continuam a sugerir uma relação entre a proteína da soja e um risco reduzido de doença cardíaca – incluindo evidências analisadas pela FDA quando a alegação foi autorizada – a totalidade da evidência científica atualmente disponível questiona a certeza dessa relação", afirmou a Dra. Susan.
Alguns estudos publicados depois que a FDA autorizou a alegação de saúde para a proteína de soja mostram "achados inconsistentes" sobre a capacidade da proteína de soja de baixar o colesterol LDL, observou. Essa evidência levou a FDA a concluir que a relação entre proteína de soja e doença cardíaca não atende ao padrão rigoroso para uma alegação de saúde autorizada pelo órgão, disse ela.
Se a FDA decidir finalizar essa regra, a agência ainda permitiria o uso de uma alegação de saúde qualificada sobre produtos de proteína de soja, "desde que haja evidências suficientes para apoiar uma associação entre consumo de proteína de soja e um risco reduzido de doença cardíaca", disse a Dra. Susan.
Uma alegação de saúde qualificada exige um padrão científico de evidência mais baixo do que uma alegação de saúde autorizada, e permitiria à indústria usar a linguagem qualificada, explicando a evidência limitada que associa o consumo de proteína de soja à redução do risco de doença cardíaca, afirmou.
A FDA aceitará comentários sobre a proposta de alteração da regra sobre proteína de soja e doença cardíaca por 75 dias. A agência considerará os comentários, bem como as informações existentes, para decidir se deve proceder com a elaboração de regras finais. Entretanto, os fabricantes terão permissão para manter a atual alegação autorizada nos produtos até que a agência tome uma decisão final.
"Esta ação proposta, que passou por uma revisão completa da FDA, ressalta nosso compromisso de fornecer aos consumidores informações em que eles possam confiar para fazer escolhas alimentares informadas", disse a Dra Susan.
Até mais.
Fonte: Medscape.com
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