O colapso dos médicos alcançou níveis de epidemia e entre suas consequências encontrou-se efeitos negativos na atenção de pacientes, no profissionalismo, nos cuidados do próprio médico e no desempenho do sistema de Saúde.
O estudo "Interventions to prevent and reduce physician burnout: a systematic review and meta-analysis" propõe um entendimento mais completo a respeito do que ocorre e de como combater esta epidemia. Nesta revisão sistemática e metanálise foram analisados, entre outras fontes de dados, trabalhos publicados no MEDLINE, Embase, PsycINFO, que haviam estudado a síndrome de burnout médico.
De acordo com os resultados deste estudo, o burnout médico - uma série de estudos realizados tanto com profissionais ainda em fase de formação quanto médicos que já completaram seus estudos, identifica esta síndrome relacionada com a exigência de trabalho no âmbito da saúde que implica no esgotamento emocional, na despersonalização e na sensação de perda das conquistas pessoais, com uma prevalência superior a 50%.
O estudo determinou que os principais efeitos negativos do burnout médico estão vinculados a atenção dos pacientes, ao profissionalismo, aos cuidados da saúde e da segurança do próprio médico (onde são incluídas questões de saúde mental e acidentes de trânsito) e uma redução do esforço profissional do médico.
As evidências analisadas neste estudo indicam que os altos níveis de colapso emocional se associaram com diferenças substanciais na autopercepção de erros médicos graves, com as horas de trabalho e, em um ponto extremo, com ideias suicidas.
Estas preocupações geraram a necessidade do aumento da atenção aos médicos para garantir seu bem-estar requerendo tanto soluções individuais quanto estruturais.
Até mais.
Fonte: rima.org
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