Pesquisas em andamento na Universidade de São Paulo (USP) avançam no tratamento do diabetes tipo 1 com o uso da terapia celular. A estratégia é interromper o processo de destruição do pâncreas que ocorre em portadores da doença por meio de um transplante de células-tronco retiradas da medula óssea do próprio paciente. Os resultados mais recentes das investigações foram apresentados durante o 7º Congresso Brasileiro de Células-Tronco e Terapia Celular, realizado em São Paulo neste mês.
Segundo Maria Carolina de Oliveira Rodrigues, coordenadora do estudo, se o processo de destruição for interrompido nesse ponto e as células restantes forem preservadas, é possível que o paciente consiga se livrar da dependência de insulina ou pelo menos diminuir as doses.
" Não falamos em cura, mas em facilitar o controle da doença e evitar complicações crônicas do diabetes, como retinopatia, nefropatia e neuropatia" , disse Rodrigues.
" Diabetes tipo 1 é uma doença autoimune: o próprio sistema imunológico do paciente ataca as células produtoras de insulina no pâncreas. Quando os sintomas começam a aparecer, é sinal que aproximadamente 80% das células já foram danificadas" , explica
Insulina
De acordo a pesquisadora, três dos 25 pacientes que participam do estudo permanecem até hoje livres de insulina. Outros 18 tiveram de voltar a tomar o hormônio após um período que variou entre seis meses e cinco anos, mas recebem atualmente doses menores do que antes do tratamento.
Outros quatro pacientes não conseguiram se livrar da insulina e nem reduzir a dose. " Três deles tinham histórico de cetoacidose, uma complicação comum em pacientes com estágio avançado da doença. Provavelmente, esses voluntários que não reagiram ao tratamento já não tinham mais células produtoras de insulina para serem salvas" , contou Rodrigues.
Até mais.
Fonte: isaude.net
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