Pesquisadores do Massachusetts Institute of Technology (MIT), nos Estados Unidos, desenvolveram um novo dispositivo capaz de injetar medicamentos sem o uso de agulhas hipodérmicas.
A abordagem, que entrega um líquido por meio de um jato de alta velocidade que rompe a pele com a velocidade do som, permite entregar vários medicamentos simultaneamente, melhora a adesão dos pacientes e reduz o risco de picadas acidentais.
Nas últimas décadas, os cientistas desenvolveram várias alternativas para agulhas hipodérmicas. Por exemplo, adesivos de nicotina que lentamente liberam drogas através da pele. No entanto, essas opções só podem liberar pequenas moléculas de droga para passar através dos poros da pele, limitando o tipo de medicamento que pode ser entregue.
Para permitir a entrega de drogas baseadas em grandes proteínas, os investigadores desenvolveram novas tecnologias incluindo injetores a jato, que produzem um jato de alta velocidade e entregam drogas que penetram na pele.
Embora existam vários dispositivos baseados em jatos no mercado, os pesquisadores observam que existem desvantagens para estes dispositivos disponíveis comercialmente. Os mecanismos que eles usam, principalmente em projetos de mola, são essencialmente tudo ou nada, liberando uma bobina que ejeta a mesma quantidade de droga a uma mesma profundidade cada vez.
Agora a equipe do MIT, liderada por Ian Hunter projetou um sistema de injeção a jato que proporciona uma gama de doses a profundidades variáveis de uma maneira altamente controlada.
O projeto é construído em torno de um mecanismo que consiste em um ímã pequeno e poderoso cercado por uma bobina de fio que é ligada a um pistão no interior de uma ampola da droga. Quando a corrente é aplicada, ele interage com o campo magnético para produzir uma força que empurra o êmbolo para frente, ejeta a droga a uma pressão e velocidade muito elevadas através do bico da ampola.
A velocidade da bobina e a velocidade transmitida para a droga pode ser controlada pela quantidade de corrente aplicada por meio de ondas.
Através de testes, o grupo descobriu que vários tipos de pele podem exigir formas de onda diferente para fornecer volumes adequados de drogas para a profundidade desejada.
"Se eu estou violando pele de um bebê para entregar a vacina, não vou precisar de pressão, tanto quanto eu precisaria para romper minha própria pele. Podemos adequar o perfil de pressão para ser capaz de fazer isso, e essa é a beleza deste dispositivo", observa a pesquisadora Catherine Hogan.
A equipe também está testando o desenvolvimento de uma versão do dispositivo para administração transdérmica de drogas normalmente encontradas na forma de pó, transformando o pó em uma forma de "leite fluidizado" que pode ser entregue através da pele muito semelhante a um líquido.
Até mais.
Fonte: isaúde.
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