Azitromicina pode aumentar o risco de morte cardiovascular, segundo publicação do NEJM ...


Embora se saiba que alguns antibióticos macrolídeos são pró-arrítmicos e associados a um risco aumentado de morte cardíaca súbita, a azitromicina é considerada até o momento como uma medicação com cardiotoxicidade mínima. No entanto, os relatórios de arritmias publicados sugerem que a azitromicina pode aumentar o risco de morte cardiovascular.
Estudo de coorte, publicado pelo New England Journal of Medicine (NEJM), comparou grupos de pacientes recebendo ou não antibióticos para avaliar o risco de morte cardiovascular com o uso em curto prazo de medicamentos com efeitos cardíacos. Foram excluídos pacientes com doenças graves não cardíacas e indivíduos hospitalizados ou logo após uma hospitalização. Os grupos avaliados foram de:
- Pacientes em uso de azitromicina (347.795 prescrições).
- Pessoas que não estavam usando antibióticos (1.391.180 no grupo controle).
- Pacientes que receberam amoxicilina (1.348.672 prescrições).
- Pessoas em uso de ciprofloxacina (264.626 prescrições).
- Indivíduos fazendo uso de levofloxacina (193.906 prescrições).
Durante cinco dias de terapia com azitromicina, quando comparados com aqueles que não tomaram antibióticos, os pacientes apresentaram um risco aumentado de morte cardiovascular e de morte por qualquer causa. Pacientes que tomaram amoxicilina não tiveram aumento no risco de morte durante o período. Em relação à amoxicilina, a azitromicina foi associada a um risco aumentado de morte cardiovascular e de morte por qualquer causa. O risco de morte cardiovascular foi significativamente maior com a azitromicina do que com o ciprofloxacino, mas não diferiram significativamente daquele com a levofloxacina.
Concluiu-se que durante os cinco dias de terapia com azitromicina, houve um pequeno aumento absoluto de mortes cardiovasculares. Isto foi mais pronunciado para aqueles pacientes com um risco mais elevado para doença cardiovascular.

Até mais.

NEWS.MED.BR, 2012. Azitromicina pode aumentar o risco de morte cardiovascular, segundo publicação do NEJM. Disponível em: . Acesso em: 29 mai. 2012.

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