Recente estudo divulgado pelo Ministério da Saúde aponta que, entre 1996 e 2007, foi registrada uma queda de 17% nas mortes por doenças crônicas não transmissíveis no Brasil. Esse grupo, que representa 67% do total de óbitos no país, inclui as doençascardiovasculares, as respiratórias crônicas, as neoplasias e o diabetes. Segundo os dados, apenas em 2007, foram 705,5 mil vítimas dessas doenças e, embora a tendência seja de queda, a regra não vale para o diabetes, cujas mortes apresentaram aumento de 10%, se for considerado apenas óbitos por causa básica. A tendência de aumento do número de mortes em decorrência do diabetes foi verificada na maioria dos estados brasileiros, principalmente nos da Região Nordeste. De acordo como estudo, o principal fator associado é a mudança na alimentação do brasileiro, que leva ao sobrepeso ou a obesidade.
Resultados do Saúde Brasil 2009
Neste ano, o Vigitel verificou que o percentual dos brasileiros que sofrem de obesidade cresceu de 11,4% para 13,9% entre 2006 e 2009, o que reforça a necessidade de diferentes ações para o controle da doença crônica.
No Brasil, a maior redução entre as doenças crônicas foi registrada nas mortes por doenças respiratórias (enfisema pulmonar, doença pulmonar obstrutivas crônica, asma, etc.), o que equivale a uma queda média de 2,8% ao ano na taxa de mortalidade. Segundo a análise, um dos fatores para esse resultado é a diminuição do tabagismo no país.
De 1989 a 2009, o percentual de fumantes na população caiu de 35% para 16,2%. Principal causa de morte no país, as doenças cardiovasculares concentram 29,4% do total de óbitos declarados, com 308 mil registros em 2007. O Saúde Brasil 2009 mostra uma queda de 26% na taxa de mortalidade, com redução média de 2,2% ao ano, passando de 284 por 100 mil habitantes, em 1996, para 206 por 100 mil habitantes, em 2007. Os dados fazem parte do Saúde Brasil 2009, publicação anual da Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS). Em 2010, por recomendação da ONU, os países-membros da organização passaram a incluir as doenças crônicas não transmissíveis entre as prioridades que estarão em discussão na Assembleia de 2011.
Até mais.
FONTE: SBEM
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