Comentarei este post com algumas palavras de Rubem Alves que traduzem o paradigma do diabetes:
"(...) Algumas doenças são visitas: chegam sem avisar, perturbam a paz da casa e se vão. É o caso de uma perna quebrada, apendicite, resfriado ou sarampo. Passado o tempo certo, a doença arruma a mala e diz adeus. E tudo volta a ser como sempre foi. Outras doenças vêm para ficar. É inútil reclamar. Se vêm para ficar, é preciso fazer com elas o que a gente faria caso alguém se mudasse definitivamente para nossa casa: arrumar as coisas da melhor maneira possível para que a convivência não seja dolorosa. Quem sabe se pode até tirar algum proveito da situação? (...)
O diabetes tipo 1 (antigo insulino-dependente) é assim. Muitas vezes não há nenhum familiar com a doença e derrepente surge alguém com diabetes. Cinquenta por cento das causas são de etiologia auto-imune, ou seja o próprio organismo produz auto-anticorpos conta as células produtoras de insulina e consequentemene diminui a produção de insulina acarretando o aumento da glicemia sanguínea ("açúcar no sangue").
O diagnóstico de diabetes leva em conta o quadro clínico: poliúria ("fazer muito xixi"), polifagia("comer muito"), polidpsia ("tomar muita água") e apesar disso, emagrecimento. Com esses sintomas, fazendo a dosagem de glicose no sangue e este vindo com 2 resultados em dias diferentes em jejum > ou igual a 126, ou em qualquer horário do dia > ou igual a 200, ou após 2 horas do teste de sobrecarga de glicose com valor > ou igual a 200, é obtido o diagnóstico de diabetes. Com isso, iniciamos o tratamento para corrigir esse excesso de glicose e restaurar as funções do organismo prejudicados pelo excesso de açúcar no sangue.
Até mais.
Comentários
Postar um comentário